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Agroecologia no Cerrado: governança, gestão integrada e inovações em segurança hídrica, alimentar e energética

 

A Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do DF (RIDE) enfrenta atualmente a prior crise hídrica que se tem registro. Este projeto de pesquisa tem como objetivo principal analisar os desafios de segurança hídrica, alimentar e energética em comunidades rurais do DF. Visa promover estratégias de inovação tecnológica, através de metodologias de design social, para o desenvolvimento de sistemas de gestão integrada da água, energia e produção de alimentos, que contribuam para a ampliação da sustentabilidade e eficiência no uso de recursos, com vistas a garantir a segurança alimentar, hídrica e energética de famílias rurais em 2 (duas) bacias hidrográficas da RIDE: Rio São Bartolomeu e Rio Preto. As comunidades parceiras neste projeto são: Associação Aprospera (localizada na sub-bacia do Rio Pipiripau, que integra a bacia do São Bartolomeu), Ecovila Aldeia do Altiplano (bacia São Bartolomeu), e a Cooperativa Cooperfan (Paracatu-MG, bacia Rio Preto). A execução do projeto será realizada pela Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuripe (UFVJM), com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), congregados através do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica da UnB (NEA-UnB), cadastrado como grupo de pesquisa do CNPq. Propomos uma abordagem interdisciplinar, a ser realizada em três etapas. A primeira trata do levantamento de informações sobre as experiências através de atualização e expansão de diagnósticos socioeconômicos e ambientais já existentes nas três comunidades. Inclui a análise de percepção dos atores locais quanto às formas de apropriação de água, estado da segurança alimentar, das instâncias de governança, e dos conflitos relacionados, assim como estratégias de acesso a mercado, geração de renda e de segurança energética já em curso. A segunda etapa inclui o cálculo da pegada hídrica e balanço hídrico de diferentes sistemas de produção, com base em experimentos de campo, e a realização de oficinas Creative Capacity Bilding (CCB ) voltadas para a co-criação de soluções integrando os 3 (três) eixos (segurança hídrica, alimentar e energética) via estratégias de design social. A terceira etapa visa integrar as matrizes a partir do desenvolvimento de protótipos funcionais de tecnologias que contribuam para a solução dos problemas e desafios identificados nas etapas de diagnóstico do projeto, para, finalmente, promover ações de aperfeiçoamento/adaptação e transferência/disseminação das tecnologias consideradas mais promissoras desenvolvidas no âmbito do projeto, para um número maior de famílias que vivam nas comunidades envolvidas no projeto.

 

Coordenador: Thomas Ludewigs
Integrantes: Cristiane Gomes Barreto